A fluência e a proficiência em um idioma são importantes para diversos contextos, tais como profissional, social e acadêmico. No entanto, esses termos não são sinônimos.

Entender a diferença entre ser fluente e proficiente em uma língua pode ser útil para a escola que deseja implementar o ensino do inglês e outros idiomas. Tem dúvidas sobre essas diferenças? Continue a leitura deste post! 

O que é fluência?

A fluência em um idioma acontece quando o indivíduo compreende e consegue fazer interações na língua, mas sem precisar utilizar outros idiomas ou artifícios como suporte. 

O indivíduo fluente no inglês, por exemplo, consegue fazer descrições detalhadas sobre objetos na língua inglesa, com naturalidade e sem precisar fazer muito esforço para se comunicar. E isso implica também em processar as informações sem precisar traduzi-las.

Outra característica marcante da fluência no idioma é a possibilidade de utilizá-lo em interações comuns do dia a dia. Aqui, não é mais necessário observar as expressões faciais e gestuais para entender o que o outro fala, por exemplo.

O que é proficiência? 

Uma das principais diferenças entre fluência e proficiência é que, no segundo caso, são realizados testes padronizados aplicados por instituições renomadas na área da linguística. Essas avaliações internacionais servem para indicar em qual nível o indivíduo se encontra, com base em escalas específicas.

Um dos principais testes de proficiência é o Test of English as a Foreign Language (TOEFL), que visa avaliar o nível de proficiência no inglês, sobretudo em contextos acadêmicos. Ele é aceito em programas universitários, mestrados e doutorado das principais universidades do mundo. 

Com base na nota, é possível avaliar em qual posição o indivíduo se encaixa no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (CECRL), dividido em:

  • A1 – Utilizador básico iniciante;
  • A2 – Utilizador básico intermediário; 
  • B1 – Utilizador independente nível mínimo;
  • B2 – Utilizador independente avançado;
  • C1 – Utilizador avançado experiente autônomo;
  • C2 – Utilizador avançado bilíngue.

Para ter proficiência, é necessário entender as regras gramaticais, linguística e estruturas teóricas do idioma, ou seja, dominá-lo na teoria e na prática. Por isso os testes são importantes para atestar em qual nível de aprendizagem o aluno se encontra.

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Quais as diferenças entre fluência e proficiência? 

Uma das principais diferenças entre fluência e proficiência é que o primeiro é referente às habilidades para se comunicar com fluidez em um idioma. Aqui, o que vale mais é a espontaneidade, inclusive, para entender gírias e expressões típicas de pessoas nativas. 

Já na proficiência, o indivíduo pode não entender a espontaneidade da comunicação das pessoas nativas, mas, ainda assim, consegue se comunicar. Isso acontece graças aos conhecimentos mais técnicos adquiridos no aprendizado da língua.

Desse modo, a fluência é requerida em situações nas quais o indivíduo precisa se comunicar naturalmente, como em viagens e no atendimento ao público. Por outro lado, a proficiência no idioma é solicitada em ambientes acadêmicos e corporativos devido à necessidade do domínio das estruturas gramaticais e linguísticas.  

A fluência e proficiência não têm correlação obrigatória. Ou seja, é possível que uma pessoa saiba se comunicar no idioma, mas essa comunicação pode não acontecer com naturalidade. 

Por outro lado, a convivência com estrangeiros, como acontece durante um intercâmbio, pode ajudar o indivíduo a aprender a maneira com que os nativos se comunicam. Entretanto, a pessoa pode apresentar dificuldade em seguir o aspecto formal do idioma. 

Ser fluente não significa conhecer todas as palavras, mas saber se comunicar claramente, sem precisar recorrer à bagagem linguística. Por isso, uma pessoa que diz ter fluência em inglês pode ter uma nota que a qualifica como nível básico em testes de proficiência, por exemplo. 

Ademais, outra diferença entre a fluência proficiência é que indivíduos proficientes podem ter maior dificuldade na conversação, mas com níveis avançados nas outras competências segundo os testes internacionais. 

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Como tornar o aluno fluente no inglês? 

A fluência e a proficiência em um idioma não materno requer muito estudo e prática. Por isso, a escola precisa ir além de inserir aulas espaçadas de inglês na grade curricular. Nesse caso, a instituição de ensino pode recorrer à educação bilíngue

Diferentemente das aulas de inglês, focadas em ensinar a estrutura da língua, a educação bilíngue integra o idioma ao aprendizado do aluno. Ou seja, o ensino-aprendizagem é feito na língua de instrução e adicional no ambiente escolar. 

Essa abordagem pedagógica favorece o desenvolvimento de competências e habilidades linguísticas e acadêmicas em duas línguas, por meio de um currículo único e integrado. No entanto, o aprendizado de um idioma não atrapalha o outro

A educação bilíngue não visa ensinar um conteúdo nos dois idiomas, pois, na verdade, eles devem ser complementares. Por exemplo, uma escola pode oferecer aulas de ciências em inglês, e de história na língua materna. Vale ressaltar que as escolas bilíngues ainda precisam cumprir com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Uma das principais vantagens da educação bilíngue é o aprendizado natural da língua, aumentando as chances de o aluno tornar-se um falante fluente. Afinal, o inglês é inserido em diversas aulas, atividades e interações na escola.

Mais do que aprender as regras gramaticais, o bilinguismo ajuda a desenvolver o raciocínio lógico e outras habilidades cognitivas importantes para o aprendizado da comunicação, preparando o aluno para as diversas situações das quais são necessários o uso da língua inglesa. 

A escola que deseja implementar essa metodologia pode contar com o High Five, programa de educação bilíngue da Conexia Educação. Todo o projeto é desenvolvido alinhado às habilidades e competências da BNCC, bem como norteado pelos pilares da UNESCO para a formação do cidadão do século XXI.

Entre em contato e conheça o programa de educação bilíngue High Five