“Qual é a melhor maneira de aprender inglês?” Quem nunca teve essa dúvida?

Falar em inglês já se tornou um pré-requisito para todos que desejam crescer na carreira com sucesso. Além disso, segundo o Ministério da Educação (MEC), a procura por escolas bilíngues já aumentou 64% no Brasil. Mas será que esse modelo é a melhor maneira de aprender uma nova língua?

Se você está em dúvida sobre qual modelo adotar na educação do seu filho, este artigo explica as vantagens e desvantagens da escola com educação bilíngue e dos cursos tradicionais de inglês. Confira a seguir!

O que diferencia as aulas de inglês na escola tradicional, na escola com educação bilíngue e no instituto de idiomas?

Ensino de inglês na escola tradicional

No Brasil, a obrigatoriedade do ensino de língua estrangeira, como o inglês, foi estabelecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Lei nº 13.415/2017. De acordo com essa legislação, o ensino da língua inglesa passou a ser obrigatório a partir do 6° ano do Ensino Fundamental.

Dessa forma, a maioria das escolas tradicionais seguem um currículo padrão, que inclui tópicos como gramática, vocabulário, leitura e escrita do inglês. Aliás, muitas escolas tradicionais enfatizam o ensino da gramática inglesa com foco em regras e estruturas, deixando de lado a prática da conversação.

Apesar da obrigatoriedade ser um avanço educacional, é importante observar que o ensino de inglês nas escolas tradicionais está bem longe de ser a melhor maneira de aprender inglês. Isso porque ela ainda não é eficaz para desenvolver a fluência e a habilidade de comunicação em situações do mundo real.

Muitas vezes, os alunos podem sair da escola com uma compreensão sólida da gramática e do vocabulário, mas com pouca habilidade prática na conversação e na compreensão oral. 

Além disso, a ênfase em provas pode criar um ambiente de aprendizado voltado só para testes em vez de focar na comunicação real em outro idioma. Uma prova desse déficit é a posição do Brasil no ranking de proficiência em inglês. 

Segundo o relatório da empresa EF, em 2022 o Brasil ocupava a 58° posição no ranking com 111 nações ao redor do mundo — o que denota uma proficiência de nível baixo. Só na América Latina, o Brasil ficou atrás de países como Argentina, Cuba e Costa Rica.

Aulas de inglês no curso de idiomas

Diante do déficit no ambiente escolar tradicional, muitos pais acabam recorrendo aos diversos institutos de idiomas que existem.

Os cursos de idiomas geralmente têm um currículo estruturado que abrange todos os aspectos da língua inglesa, como gramática, vocabulário, compreensão auditiva, leitura, escrita e fala. O currículo é projetado para levar os alunos desde o nível iniciante até maiores níveis de proficiência.

No geral, as aulas de inglês nos cursos de idiomas são realizadas de uma a três vezes por semana. No entanto, o período de aprendizado é considerado curto, já que os alunos só estudam por duas ou quatro horas na semana.

Algumas das vantagens desse modelo de ensino é que muitos cursos oferecem horários flexíveis para atender às necessidades dos alunos, incluindo aulas à noite ou aos fins de semana.

No entanto, existem desvantagens, já que os cursos de inglês não são suficientes para suprir as demandas de aprendizado dos estudantes.

Isso porque as aulas de inglês não são imersivas ou integradas ao ensino básico. Portanto, ao invés de aprender inglês no cotidiano, os pequenos aprendem a língua de forma isolada, o que pode atrasar a fluência da criança.

Leia também: Qual a melhor idade para começar a estudar inglês?

Ensino na escola com educação bilíngue

Por fim, a última maneira de aprender inglês é por meio das escolas com educação bilíngue, que conseguem oferecer as duas abordagens anteriores de maneira integrada e completa.

Em resumo, o ensino nessas escolas é projetado para que os alunos adquiram proficiência em duas línguas ao longo de seu percurso educacional. As escolas bilíngues ensinam na língua nativa dos alunos, como o português, e em uma segunda língua, como o inglês.

No entanto, diferente do que é proposto na escola tradicional, as crianças são expostas a língua inglesa durante toda a jornada escolar; ou seja, ao invés de ter aulas sobre a história de um país na aula de inglês, o tema já é abordado em outra língua. 

Dessa forma, os alunos têm aulas de Matemática, Geografia, Ciências e outras disciplinas ministradas em português e inglês.

A escola com educação bilíngue se destaca entre as melhores maneiras de aprender inglês, pois também oferece vantagens além da fluência do inglês, como o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. 

Alguns exemplos são o desenvolvimento do pensamento crítico e da resolução de problemas; além de aprenderem a história, literatura e a cultura da língua inglesa.

Leia também: Vale a pena aprender inglês na escola bilíngue?

Afinal, qual a melhor maneira de aprender inglês?

Finalmente, é possível dizer que a educação bilíngue é considerada a melhor maneira de aprender inglês em comparação à escola tradicional e ao curso de idiomas. Afinal de contas, ela oferece benefícios para a vida toda, como:

  • exposição integral à língua inglesa, onde as crianças aprendem com mais naturalidade e de forma prática;
  • professores bilíngues altamente capacitados para ensinar as disciplinas da sua especialidade nos dois idiomas;
  • preparação para as certificações internacionais, como o IELTS e o TOEFL;
  • mais oportunidades no mercado de trabalho e na vida acadêmica.

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