No contexto escolar, novos conceitos linguísticos são inseridos o tempo inteiro, como o multilinguismo e bilinguismo. Tanto um quanto o outro desempenham um papel crucial na comunicação, na promoção da diversidade cultural, no desenvolvimento dos estudantes e nas relações internacionais.

No entanto, é comum que os dois termos sejam confundidos entre si. Neste artigo, você tirará suas dúvidas sobre o assunto e entenderá como atualmente a educação bilíngue é uma necessidade. Acompanhe!

Quais as diferenças entre multilinguismo e bilinguismo?

O que é multilinguismo?

O multilinguismo refere-se à capacidade de utilizar e compreender várias línguas. Ou seja, envolve comunidades em que vários idiomas são usados regularmente entre seus participantes. Isso pode ocorrer em países que têm mais de uma língua oficial ou em áreas geográficas onde grupos étnicos falam idiomas diferentes.

Alguns países multilíngues têm uma política de reconhecimento oficial das línguas do país, além de oferecer educação e serviços governamentais em várias línguas. Isso significa que não existe um idioma único ou dominante, mas, sim, uma coexistência de várias línguas faladas por diferentes grupos dentro desse país.

No entanto, alguns podem ter um idioma dominante, o qual é amplamente usado no governo e na educação, mas ainda reconhecem outras línguas minoritárias como parte importante de sua herança cultural. Por exemplo, segundo o artigo 13 da Constituição Federal, “a língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil”.

Isso significa que o português é a língua utilizada em documentos oficiais, na mídia e na comunicação formal de todo o território brasileiro. 

No entanto, segundo o Grupo de Diversidade Linguística do Brasil (GTDL), o Brasil é um país de grande pluralidade, ao possuir comunidades que falam cerca de 180 línguas indígenas, e outras que falam cerca de 30 idiomas de imigrantes, como japonês, espanhol e alemão.

Além disso, a Libras (Língua Brasileira de Sinais) — usada na linguagem de surdos — é reconhecida como uma língua legítima e como meio legal de comunicação no país. Portanto, o Brasil é considerado um país multilíngue. Alguns outros exemplos de multilinguismo:

  • a Suíça é um clássico exemplo, ao ter quatro idiomas nacionais — alemão, francês, italiano e romanche;
  • a Bélgica tem três línguas oficiais — francês, holandês e alemão. Dessa forma, as comunidades de língua neerlandesa, francófona e germanófona coexistem no país.

Bilinguismo

O bilinguismo refere-se à habilidade ou condição de uma pessoa fluente em duas línguas, ou seja, que consegue compreender, falar, ler e escrever em dois idiomas diferentes. 

O termo pode ser aplicado a pessoas de várias idades, desde crianças que cresceram em famílias que falam em uma língua diferente da ensinada na escola, quanto adultos que aprenderam um segundo idioma.

Leia também: Entenda o que é segunda língua e como ela pode ser adquirida

No geral, é importante lembrar que a pessoa bilíngue pode ter vários níveis de proficiência em cada um de seus idiomas de conhecimento. Dessa forma, se alguém fala português como língua nativa, mas tem inglês intermediário, essa pessoa ainda é considerada um falante com cérebro bilíngue. No entanto, o bilinguismo pode ser dividido em três tipos:

Bilinguismo subtrativo 

Quando o uso de um segundo idioma tem um impacto negativo na outra língua usada pelo indivíduo, devido a pressões socioculturais que fazem uma língua ser predominante em detrimento da outra.

Bilinguismo aditivo 

Quando o uso de uma segunda língua não resulta na diminuição da proficiência de outro idioma falado pelo indivíduo — pelo contrário, enriquece o repertório linguístico e cultural da pessoa. No entanto, nesse tipo de bilinguismo os dois idiomas ainda não interagem entre si.

Bilinguismo dinâmico 

Por fim, o bilinguismo dinâmico considera a fluidez das línguas e como os bilíngues alternam e adaptam o uso de seus códigos conforme as situações. Ou seja, esse conceito de bilinguismo reconhece que as línguas não estão isoladas, mas podem interagir entre si.

Qual a importância de investir no bilinguismo?

Agora que você entende as diferenças entre multilinguismo e bilinguismo, é importante saber que o bilinguismo se tornou um diferencial entre as competências mais buscadas no mundo acadêmico. Isso porque o bilinguismo oferece uma série de benefícios, como:

  • desenvolvimento cognitivo — estudos demonstram que o bilinguismo pode melhorar o funcionamento cognitivo, incluindo habilidades de resolução de problemas, tomada de decisões e multitarefas;
  • oportunidades educacionais — ser bilíngue pode abrir portas para uma gama de oportunidades acadêmicas, incluindo a possibilidade de estudar no exterior ou fazer intercâmbio;
  • melhores oportunidades de emprego — em muitos setores e indústrias, ser bilíngue é uma habilidade valiosa. Portanto, pode aumentar as perspectivas de emprego e criar vantagens competitivas no mercado de trabalho;
  • acesso à informação — ser bilíngue permite que as pessoas acessem informações, literatura e entretenimento em duas línguas, aumentando o acesso ao conhecimento e à cultura.

Educação bilíngue com o High Five

Como você percebeu, existem muitas vantagens no multilinguismo e bilinguismo. Dessa forma, implementar a educação bilíngue na sua instituição escolar é um investimento que proporciona diversas oportunidades para que as crianças se tornem cidadãos do mundo.

Com esse mesmo objetivo, o High Five Bilingual Education, solução educacional da Conexia Educação, nasceu para integrar o ensino do inglês às competências exigidas pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular). 

Com mais de 400 escolas e 150 mil alunos, o High Five visa implementar o que há de mais inovador por meio de recursos digitais e metodologias lúdicas.

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