A fluência em um novo idioma tem se tornado fundamental em um mundo gradativamente globalizado e tecnológico. Contudo, algumas escolas podem encontrar dificuldades para implementar a educação bilíngue no Brasil, mesmo com o crescimento da oferta de alunos.

A educação bilíngue precisa ser pensada de forma integrada na língua materna e no idioma estrangeiro. Por isso, pode ser difícil encontrar professores capacitados, além de um currículo pedagógico que atenda as especificidades dessa abordagem de ensino-aprendizagem. Continue a leitura para entender como resolver esses problemas. 

Veja quais são os principais desafios da educação bilíngue no Brasil

Conheça a seguir os principais desafios enfrentados por escolas brasileiras – e quais pontos merecem atenção da gestão escolar. 

Elaboração do currículo pedagógico 

Uma das maiores dificuldades para a efetivação da educação bilíngue no Brasil está na elaboração do currículo pedagógico. Como o ensino-aprendizagem da segunda língua não ocorre de forma isolada, pode haver uma dificuldade para fazer a integração entre a língua materna e o segundo idioma que a escola quer ensinar. 

Por não haver uma padronização, as escolas costumam adotar diferentes formatos de currículo para a educação bilíngue. Contudo, é fundamental que a instituição de ensino tenha ciência que essa abordagem vai além de ensinar outro idioma, pois é preciso haver interdisciplinaridade. 

Na hora de elaborar o currículo pedagógico pautado na perspectiva bilíngue, é fundamental que a grade seja pensada para tornar o aprendizado da língua natural e imersivo, permitindo ao aluno desenvolver habilidades acadêmicas, linguísticas e cognitivas na língua estrangeira. 

Para isso, a metodologia Content And Language Integrated Learning (CLIL) tem sido utilizada por escolas de educação bilíngue no Brasil. Trata-se de uma abordagem na qual o aluno tem aulas de disciplinas da Educação Básica em outro idioma, além da língua materna. 

Isso significa que o ensino da matemática, por exemplo, pode ocorrer em inglês.

Professores capacitados para a educação bilíngue 

Assim como no tópico anterior, o formato desse tipo de ensino faz com que muitas escolas tenham dificuldade em contratar profissionais de educação bilíngue no Brasil. Isso porque é necessário que o professor tenha, além da formação na área educacional, certificação e proficiência na língua estrangeira. 

Para ilustrar o cenário, um levantamento feito pelo British Council e publicado pelo jornal Folha de São Paulo mostra que 70% dos alunos da Educação Básica têm aulas de inglês com professores sem formação adequada no idioma.

Logo, a oferta de professores de outras áreas do conhecimento e com formação no idioma não é satisfatória no país. Ademais, um parecer de 2020 do Ministério da Educação (MEC) estabelece exigências quanto às formação do professor para educação plurilingue:

  • Educação Infantil e Ensino Fundamental – Anos iniciais: graduação em Pedagogia ou em Letras, comprovação de proficiência de nível mínimo B2 no Common European Framework for Languages (CEFR) e formação complementar em Educação Bilíngue, com no mínimo 120 horas;
  • Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio: graduação em Letras ou, no caso de outras disciplinas do currículo, licenciatura corresponde à área curricular de atuação na Educação Básica; comprovação de proficiência de nível mínimo B2 no CEFR, e formação complementar em Educação Bilíngue, com no mínimo 120 horas.

Encontrar bons professores que atendam a esses requisitos pode ser um desafio para a escola que deseja implementar a educação bilíngue no Brasil, mas vale ressaltar que esse ponto não deve ser ignorado na hora da contratação. Afinal, um professor sem capacitação adequada pode ministrar aulas de baixa qualidade de ensino. 

Leia também: Entenda a importância da formação do professor no ensino do inglês nas escolas

Processo de implementação da educação bilíngue na escola 

Algumas escolas que desejam implementar a educação bilíngue no Brasil podem encontrar dificuldades no processo de implementação. Como essa mudança resulta em uma grande alteração no ensino-aprendizagem oferecido pela instituição de ensino, é fundamental contar com suporte especializado ou criar um núcleo interno.

Contudo, nem toda escola possui profissionais disponíveis apenas para a implementação da educação bilíngue. Isso sem contar que a instituição de ensino pode escolher permanecer funcionando enquanto o processo não é finalizado, o que pode atrapalhar o andamento do projeto. 

Além do mais, a falta de conhecimento especializado da gestão escolar pode atrapalhar na implementação. Isso porque, por desconhecimento, a elaboração do currículo pedagógico, metodologia de ensino, método de avaliação e outros pontos, podem seguir um caminho diferente da proposta da educação bilíngue. 

Ainda vale a pena investir na educação bilíngue? 

Apesar dos desafios, a procura por instituições de ensino que oferecem educação bilíngue no Brasil faz com que essa metodologia educacional seja cada vez mais implementada nas escolas, sobretudo para o ensino do inglês. 

Atualmente, estima-se que cerca de 350 mil alunos estejam matriculados em escolas bilíngues, número que pode aumentar nos próximos anos. Cada vez mais, as famílias entendem a importância do inglês na hora de matricular os filhos em uma instituição de ensino. Veja o porquê a seguir. 

Garante melhores oportunidades no mercado de trabalho

O inglês era visto anos atrás como mais um diferencial no currículo. Contudo, passou a se tornar essencial para diversas carreiras, sobretudo ligadas à tecnologia — área com enorme potencial de crescimento. Ademais, com o home office, um brasileiro pode facilmente trabalhar para empresas estrangeiras e receber em dólar ou euro. 

Em alguns casos, o inglês é fundamental para que o profissional receba um salário maior que o de uma pessoa sem fluência, inclusive no início da carreira. Assim, aprender inglês deixa de ser um hobby e se torna algo que pode melhorar as oportunidades no mercado de trabalho quando o aluno finalizar a Educação Básica. 

Possibilita o acesso ao conhecimento 

As redes sociais possibilitam conhecer diversas culturas e pessoas com apenas alguns cliques. Além do mais, as grandes produções do entretenimento também fomentam a importância de mais alunos estarem em uma escola com educação bilíngue no Brasil.

Ainda tem a possibilidade de acessar conteúdos diversos, principalmente na área de ciência e tecnologia. Isso tudo faz com que mais famílias busquem escola com educação bilíngue, principalmente para que o aluno possa ter uma formação integral e muito mais ampla que a proporcionada somente com a língua portuguesa. 

Facilita o intercâmbio estudantil 

Antes da pandemia, 386 mil brasileiros tinham feito um intercâmbio estudantil, de acordo com a Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta). Mas algumas instituições de ensino de fora do país solicitam a fluência no inglês como requisito de ingresso, o que faz com que a educação bilíngue proporciona benefícios para toda a vida do aluno. 

Sem contar nas habilidades cognitivas e sociais que são desenvolvidas por meio da educação bilíngue. Esses e outros benefícios, inclusive, podem ser usados pela escola na hora de pensar no marketing educacional. Afinal, as famílias desejam a melhor formação para os filhos. 

Programa de educação bilíngue: conheça o High Five 

Apesar dos desafios para a escola que deseja implementar a educação bilíngue no Brasil, esse processo ainda é possível – sobretudo quando a instituição de ensino conta com um suporte especializado e de referência no mercado educacional. 

Se você pensa em levar a educação bilíngue para a sua escola, conte com o suporte do High Five. Nosso programa de educação bilíngue da Conexia Educação é uma das maiores referências em soluções educacionais no país.  

O High Five oferece projetos educacionais voltados para o ensino-aprendizado do inglês de forma natural e imersiva, utilizando o idioma como instrumento de aprendizado, por meio de metodologias inovadoras. 

Por meio do programa de educação bilíngue, toda escola parceira do High Five recebe:

  • projetos alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC);
  • formação continuada para professores, gestores e mantenedores;
  • auxílio na contratação de professores;
  • assessoria comercial para captação de novos alunos;
  • assessoria pedagógica remota e presencial;
  • e outros benefícios. 

A educação bilíngue no Brasil é uma realidade. Por isso, não deixe a sua escola de fora dessa tendência! Quer conhecer melhor o programa High Five? Entre em contato com um consultor educacional e tire todas as suas dúvidas.