Existem várias teorias sobre como funciona o cérebro bilíngue. Mas, em geral, acredita-se que o processo de aprender e usar um segundo idioma envolve uma interação complexa entre várias áreas do cérebro.
Pesquisas atuais já observam que quando uma pessoa aprende um segundo idioma, como o inglês, por exemplo, a área do cérebro responsável pela linguagem, conhecida como córtex cerebral, é ativada de maneira diferente de quando se usa apenas um idioma.
Outras descobertas também revelam que o cérebro bilíngue mostra maior ativação em áreas relacionadas à atenção, memória e controle cognitivo.
Quer entender melhor como funciona o cérebro de um bilíngue e quais são as vantagens do bilinguismo? Então continue acompanhando este artigo!
Afinal, o que é um cérebro bilíngue?
Em resumo, um cérebro bilíngue é um cérebro que é capaz de processar e entender duas línguas distintas de forma fluente. Isso significa que o estudante é capaz de compreender, falar, ler e escrever em duas línguas sem dificuldades.
Um cérebro bilíngue também tem a capacidade de alternar facilmente entre as duas línguas, suprimindo a interferência de uma língua quando está usando a outra. No entanto, algumas pessoas só consideram uma pessoa bilíngue se ela for fluente nas duas línguas.
Em síntese, é possível, sim, dizer que o nível de proficiência do estudante pode alterar algumas características do cérebro. Porém, o nível de conhecimento não muda o fato de que este cérebro tem diferenças em relação a um cérebro monolíngue, ou seja, falante apenas de um idioma.
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Quais são as diferenças entre um cérebro monolíngue e um cérebro bilíngue?
Existem algumas diferenças importantes entre os tipos de cérebros, principalmente no que diz respeito à atividade cerebral e à estrutura cerebral.
Uma das diferenças mais notáveis é que o cérebro bilíngue tende a ter uma atividade maior em certas áreas do cérebro, especialmente nas áreas responsáveis pelo processamento da linguagem. Isso ocorre porque ele precisa lidar com mais informações linguísticas e culturais do que o cérebro monolíngue.
Outra diferença é que pessoas bilíngues costumam desenvolver sintomas de demência, como a doença de Alzheimer, cinco anos mais tarde do que pessoas que falam apenas uma língua. Segundo estudo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, isso pode ser atribuído à criação de novas conexões neurais no cérebro bilíngue.
Além disso, o cérebro bilíngue pode ter uma estrutura diferente em algumas áreas, de acordo com as autoras Ramírez e Khul (2016), especialmente nas regiões envolvidas nas funções executivas e na atenção. Isso ocorre porque a habilidade de alternar entre duas línguas requer um alto nível de controle executivo e atenção.
Em resumo, as funções executivas são um conjunto de habilidades cognitivas que permitem que uma pessoa planeje, organize, execute e controle comportamentos e tarefas, sem se deixar dominar por impulsos. Essas habilidades são essenciais para:
- a resolução de problemas;
- tomada de decisões;
- atenção;
- memória de trabalho;
- controle inibitório;
- entre outras funções mentais.
Além disso, o cérebro bilíngue pode ter maior capacidade de processamento de informações, especialmente quando se trata de tarefas cognitivas. Isso se deve ao fato dele precisar lidar com duas línguas, portanto, precisa ser capaz de aprender mais rápido e com mais eficiência.
Isso é uma ótima notícia, afinal, as funções executivas são fundamentais para o desempenho acadêmico, profissional e social de uma pessoa e podem ser desenvolvidas desde a infância até a idade adulta.
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Quais são os benefícios de ter um cérebro bilíngue?
Outro estudo realizado por pesquisadores de Psicologia da Universidade de Lund, na Suécia, chegou à conclusão de que os cérebros bilíngues têm níveis de crescimento diferentes do que os cérebros que não têm conhecimento em uma segunda língua.
Para isso, os pesquisadores reuniram dois grupos: o primeiro, da Academia de Intérpretes das Forças Armadas da Suécia, formado por jovens, recebeu um treinamento de 13 meses em idiomas dos quais não tinham conhecimento, como, por exemplo, árabe ou russo.
Em seguida, após o treinamento intensivo, os pesquisadores compararam os cérebros dos jovens antes e depois de aprenderem esses idiomas.
Já o segundo grupo, formado por alunos de Medicina e Ciências Cognitivas, receberam a tarefa de participar de um treinamento intensivo de 13 meses sobre outros assuntos, sem estudar nenhum idioma. Em seguida, os cérebros desse grupo também foram comparados antes e depois do treinamento.
Dessa forma, por meio de ressonâncias magnéticas, os dois grupos tiveram seus cérebros analisados e os resultados foram surpreendentes. Em resumo, pôde-se observar que o segundo grupo teve as suas estruturas neurais inalteradas, enquanto o primeiro grupo apresentou crescimento em áreas específicas do cérebro.
Os estudantes, agora, com um cérebro bilíngue, tinham desenvolvido áreas cognitivas e áreas relacionadas à coordenação motora e espacial, assim como regiões do córtex cerebral.
Além disso, o pesquisador e professor Johan Martensson também pôde observar que as áreas do cérebro cresciam de acordo com o desempenho e esforço do estudante em relação à língua que estudava.
Dessa forma, é possível dizer que o cérebro bilíngue tem funções de aprendizado superiores, e, em suma, essa mesma capacidade cognitiva cresce ao longo dos resultados alcançados durante a educação bilíngue do estudante.
High Five e a educação bilíngue
A High Five Bilingual Education é um programa bilíngue da Conexia Educação, uma empresa brasileira que oferece soluções educacionais.
Com o intuito de oferecer um aprendizado integrado ao ensino de uma segunda língua junto com o desenvolvimento da língua nativa dos alunos, a High Five combina tecnologia, formação de professores, materiais didáticos e acompanhamento pedagógico de qualidade.
Além disso, o programa bilíngue da High Five está ancorado nos pilares da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e nos pilares da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), que buscam a formação completa dos cidadãos do século XXI.
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