Aprender uma segunda língua já faz parte da vida de muitos estudantes. Por isso, é comum buscar o aprendizado ainda bem cedo, por meio de escolas bilíngues, por exemplo.
Porém, é comum, durante o ensino de um novo idioma, que os professores planejem passar o conhecimento de forma homogênea.
No entanto, a teoria da complexidade alerta aos docentes que cada aluno aprende de forma diferente. Portanto, uma única técnica de ensino pode não ser eficiente para todos os alunos.
Diante disso, iremos explicar neste conteúdo como a teoria da complexidade impacta o processo de aprendizagem de uma segunda língua e como é possível tornar esse processo mais simples, dinâmico e atrativo.
O que é teoria da complexidade e como ela se aplica à aprendizagem de línguas?
A teoria da complexidade surge para explicar que o processo de aprendizagem não é linear, mas, sim, complexo e sujeito a mudanças. Além disso, esse processo não tem um começo e um fim, mas é um fenômeno contínuo e irregular.
Portanto, podemos entender que o processo de aprendizagem de uma segunda língua nunca estará concluído, mas, sim, em constante evolução.
Assim como a parte gramatical da língua também está sempre evoluindo, pois qualquer mudança nas regras requer novos estudos e ajustes na hora de se comunicar.
Tendo isso em mente também é necessário destacar que o processo de aprendizado ainda envolve outros fatores, como:
- motivação do aluno;
- qualidade do ensino;
- ambiente de aprendizado;
- e interação entre alunos em sala de aula.
Nesse sentido, compreender a teoria da complexidade e como ela impacta o processo de aprendizado, é essencial para os professores adaptarem suas técnicas de ensino de acordo com a necessidade de cada aluno.
Pois, como dito anteriormente, o processo de aprendizagem não é linear; sendo assim, cada aluno possui uma forma de aprender e absorver os conteúdos em sala de aula.
O que faz a aprendizagem de uma segunda língua ser uma tarefa complexa?
Aprender um novo idioma é algo que pode ser feito por qualquer pessoa e em qualquer idade. No entanto, estudos indicam que a melhor idade para aprender uma segunda língua é durante a infância, entre os 10 anos.
Isso porque o cérebro humano adulto possui maior dificuldade para absorver novos conhecimentos do que na infância. Além disso, as crianças têm maior facilidade para aprender e se expressar.
Contudo, a dificuldade para aprender um novo idioma pode, muitas vezes, estar relacionada a diversos outros fatores, como:
- motivação;
- interesse;
- necessidade pessoal;
- método de ensino.
A diferença gramatical e a pronúncia também são fatores que podem tornar o processo de aprendizado ainda mais complexo. No entanto, mesmo na fase adulta, não é impossível aprender um novo idioma.
Mas para o aprendizado ocorrer de forma eficiente, ele requer maior esforço do indivíduo, uma vez que ele dificilmente ocorrerá naturalmente.
Diante disso, é essencial a educação bilíngue logo na infância, já que essa é a melhor fase para aprender novos idiomas com mais naturalidade.
Formas de aprendizagem em sala de aula
Ainda segundo a teoria da complexidade, o conhecimento só é possível por meio de interação, pois ele é passado de uma pessoa para a outra e seu processo é cumulativo.
Sendo assim, o aprendizado se dá por meio de atividades com prática social, textos, conversas, entre outros. Por isso, o processo de aprendizagem não é igual para todos os indivíduos.
Portanto, no ambiente escolar, é necessário proporcionar equidade no aprendizado, garantindo que os alunos fiquem envolvidos e aprendam o conteúdo. Diante disso, os professores podem adotar as seguintes práticas em sala de aula:
- group e pair work — a teoria da complexidade defende a interação entre os indivíduos, mas para que ela seja eficiente, é necessário separar os alunos em grupos com níveis de conhecimento similares;
- whole class instruction — os alunos são detentores de seu próprio conhecimento e também são responsáveis pelo seu processo de aprendizado. Diante disso, os professores devem fazer perguntas que instiguem a reflexão e o envolvimento no conteúdo;
- participar de maneiras diferentes e conforme habilidades — os alunos devem ser inseridos nas atividades de acordo com seu nível de conhecimento e perfil. Para isso, o professor pode indicar tarefas como desenho, escrita, leitura, entre outras.
Como a tecnologia pode facilitar o aprendizado da segunda língua?
A tecnologia é um recurso que está presente no dia a dia de muitas crianças. Por isso, utilizar essa ferramenta no processo de aprendizado pode trazer diversos benefícios, pois elas aprimoram o conhecimento de forma inovadora.
Portanto, os recursos tecnológicos têm o papel de facilitar o processo de aprendizado dos alunos. Além disso, eles auxiliam os professores a desenvolverem aulas mais dinâmicas e atrativas, com recursos que já fazem parte do mundo das crianças.
Diante disso, é possível compreender que utilizar recursos tecnológicos é benéfico tanto para os alunos quanto para os professores.
Nesse sentido, veja, a seguir, quais recursos tecnológicos podem ser adotados em sala de aula para facilitar o aprendizado dos alunos.
1. Aplicativos
Adotar aplicativos é um ótimo ponto de partida para as crianças aprenderem inglês. Isso porque eles podem ser utilizados a qualquer horário e são de fácil acesso.
Vale citar que existem apps que ajudam na prática do idioma, bem como na organização da rotina de estudos do aluno.
2. Jogos digitais
Os jogos digitais também são ferramentas enriquecedoras no aprendizado dos alunos. Afinal, por meio deles, os alunos conseguem adquirir novos vocabulários e desenvolver suas habilidades de comunicação, de uma forma dinâmica e divertida.
A prática de jogos digitais pode ser adotada por meio de jogos de RPG ou em salas de interação entre jogadores.
Nessas situações, os alunos precisam estar imersos no assunto para acompanhar o desenvolvimento da história e interagir com os personagens e seus adversários.
Leia também: Como utilizar tecnologias digitais na educação bilíngue?
3. E-learning
O termo e-learning é uma abreviação de ‘eletronic learning’, que, traduzido para o português, pode ser entendido como ‘aprendizado eletrônico’.
Sendo assim, esse termo pode ser compreendido como um processo de educação à distância que se baseia em recursos de áudio e computação para promover o conhecimento de forma rápida e dinâmica.
Em resumo, o e-learning é um processo de aprendizado remoto utilizado para complementar o conhecimento adquirido em sala de aula pelos alunos.
Adotar o recurso de e-learning como parte do aprendizado das escolas irá proporcionar os seguintes benefícios:
- permitir que os alunos adotem um ritmo próprio de aprendizado;
- possibilitar aos alunos fazer tarefas nos dias e horários de suas preferências;
- nivelar os conhecimentos dos estudantes.
Como você pôde perceber na leitura deste texto, o processo de aprendizado, mesmo na infância, sofre influência de diversos aspectos que podem estar, ou não, ao alcance do professor.
No entanto, cabe aos docentes criarem recursos que tornem o processo de aprendizado mais simples e didático possível.
Para isso, é possível utilizar recursos tecnológicos e desenvolver um método de educação exclusivo para os alunos, de acordo com as suas necessidades e dificuldades individuais.
Por fim, se você quer saber mais sobre educação bilíngue e o processo de aprendizagem de uma segunda língua, não deixe de acompanhar os outros conteúdos do blog da High Five!
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